Hoje estava lendo um artigo na revista Filosofia intitulado: Teologia Feminista: uma expressão da contracultura na religião”.
Em um dos parágrafos a autora diz:
“Nós, mulheres, somos socializadas com base
na figura masculina de Deus e mais, de um
ideal ou de uma essência que esta figura
estabeleceu para as mulheres. Trata-se aqui de uma
perspectiva essencialista, a partir da qual devemos
corresponder ao modelo de mulher que a religião
nos oferece.(...) Reafirmar a subjetividade feminina
na cultura e na religião partindo de outros referenciais
é abrir espaços para uma consideração igualitária
de nossa produção de valores e símbolos públicos”.
E mais adiante ela conclui:
“Considerar os textos bíblicos como Palavra revelada
por um Deus androcêntrico é considerar a
complexidade e a realidade humana de forma insuficiente”.
Quando leio esses artigos encabeçados pelo movimento feminista que ganhou grande força e amplitude a partir dos anos 60, no Brasil, reconheço o esforço dessas mulheres em se colocar em “pé de igualdade”com os homens.
Mulheres corajosas, que enfrentaram os rumos “machistas”da sociedade para que tivéssemos a autonomia, a emancipação e a história contada por outro viés.
No entanto, o que me entristece é pensar que tais mulheres não conheceram a Deus, nem tampouco o doce propósito Dele para cada uma delas...
A interpretação bíblica, convenientemente machista, fez com que muitas mulheres se afastassem de Deus e reivindicassem o que, de antemão, já havia sido garantido por Deus a elas, antes da fundação do mundo: Seu amor incondicional, o qual náo nos trata como homens ou mulheres, mas, simplesmente, como seus filhos...
A Mulher Virtuosa de provérbios 31, por exemplo, não precisou de nenhuma “feminista” para garantir-lhe emancipação e reconhecimento social. Ela não é nenhuma novidade como ser “executivo”, pois desde sua época já possuía capacidade de “empreender”, de prover e de exercer autonomamente o seu trabalho, sem dar explicações.
Há milhares de mulheres empreendedoras entre nós.
Assim como a mulher de provérbios 31, elas trabalham em muitos lugares. Algumas lavam roupa e sustentam a casa. Outras chegam até a serem “Presidentes”. Elas sabem cuidar de dois mundos tão díspares: o da casa e do trabalho—sem falar na gestão familiar e nos amigos.
Elas, na maior parte das vezes, conseguem dar conta de todos os mundos. Vão bem da cozinha ao trabalho. E no caminho ainda fazem mil outras provisões familiares.
No entanto, sua mais preciosa virtude é que "aquela mulher" faz aquilo tudo, tem toda aquela liberdade de movimento, faz sua própria agenda, lida com homens mercadores, compra, vende, prospera, dá conta da casa e dos filhos, e trabalha até a noite—mas nada disso aproveita sem a declaraçao de que "a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada".
E quem dá testemunho disso são seus próprios filhos e seu marido...
Levantam-se seus filhos, e lhe chamam bem-aventurada,
como também seu marido, que a louva, dizendo:
Muitas mulheres têm procedido virtuosamente,
mas tu a todas sobrepujas.
É aí que está sua grande virtude. Não está no que ela faz; está em quem ela é! Ela reúne charme, beleza, criatividade, capacidade produtiva, coragem para empreender, e generosidade com os pobres mas, acima de tudo, um grande temor a Deus...
Charme, Criatividade e Caráter!
Assim, posso dizer que a mulher de hoje reivindica liberdade, mas a confunde com libertinagem..
Escolhe a sedução ao invés da sabedoria.
Reivindica direitos iguais, mas, todavia, precisa ainda aprender a exercer sua liberdade sem o referencial machista, que é o feminismo.
E ela... teme ao Senhor!
Quando isto acontece, surge um ser grandioso, lindo, insuplantável.
De fato, como diz Paulo, surge aquela que é a “glória do homem”: a mulher! E se vejo bem, glória é expressão do melhor. Assim, o melhor do “homem” aparece na plenitude da verdadeira mulher!
Que nós, mulheres, sejamos mulheres tementes a Deus...
Mulheres virtuosas, de cama e mesa, e, se possível, com babados e rendas... com o toque feminino, sem o poder contaminado do feminismo... pois todos os “ismos” são invenções humanas, e já nascem corrompidos...
Que sejamos sensatas, honestas, livres no pensar...
Mulher virtuosa ...
Que teme a Deus e sabe que Ele a fez com propósito diferente, mas nem por isso subserviente ao homem...
Aquela que serve seu marido, mas sempre fica do tamanho dele...
Que é servida, mas sempre recebe isto com prazer;
Que se sente tão dona do seu marido quando ele se sente dono dela...
Que, juntos, conversam sobre as mais gulosas alegrias dos corpos deles, quando se libertam no encontro de amor...
Um beijo a todos, e em especial, a todas as mulheres virtuosas...
E a vocë, Sheilinha... todo o meu carinho e admiraçao por ser uma grande mulher virtuosa...