Gente que se habituou a resolver as coisas com uma “estorinha” sofre de um mal muito sério.
No início – e por vezes, durante toda a vida – a pessoa vai “se dando bem”. Então, começa a achar que aquele é um direito natural, que faz parte da sobrevivência como se fosse uma arma de defesa.
E aí... o convívio da falsificação da realidade vai se transformando num vício sem que se dê conta disso com o passar do tempo...
E o indivíduo segue incorporando ao currículo de sua existência as subjetividades que só aconteceram como “maquinação mental”...
A mentira, então, passa a ser:
Desculpa para facilitar a vida...
Fruto de um coração inseguro...
Falsificação corriqueira da realidade...
Necessidade de aceitação...
E a única realidade que o mentiroso passa a aceitar é aquela que ele mesmo criou como cenário para a sua própria máscara existencial.
Já a verdade...
Ah, essa liberta...
Esgarça o ser...
Mas só buscam a Verdade aqueles que não temem o existir...
Que não temem a liberdade...
Ainda que seja a liberdade de errar a fim de conhecer a verdade como dor, para depois conhecê-la como paz.
E esse é o preço que os mentirosos não querem pagar.
Gente presa ao medo de existir jamais conhecerá e se habituará à verdade, visto que a verdade acontece como risco, como vertigem da liberdade e como conseqüência da pessoa se haver entregue à vida, à existência, sem medo de ser e muito menos de se assustar com a própria face desmascarada pela luz do que é.
Feliz é todo aquele que conhecer e praticar a Verdade.
Vanessa