quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Mentira:um vício na falsificação da realidade


Gente que se habituou a resolver as coisas com uma “estorinha” sofre de um mal muito sério.

No início – e por vezes, durante toda a vida – a pessoa vai “se dando bem”. Então, começa a achar que aquele é um direito natural, que faz parte da sobrevivência como se fosse uma arma de defesa.

E aí... o convívio da falsificação da realidade vai se transformando num vício sem que se dê conta disso com o passar do tempo...

E o indivíduo segue incorporando ao currículo de sua existência as subjetividades que só aconteceram como “maquinação mental”...

A mentira, então, passa a ser:

Desculpa para facilitar a vida...

Fruto de um coração inseguro...

Falsificação corriqueira da realidade...

Necessidade de aceitação...

E a única realidade que o mentiroso passa a aceitar é aquela que ele mesmo criou como cenário para a sua própria máscara existencial.

Já a verdade...

Ah, essa liberta...

Esgarça o ser...

Mas só buscam a Verdade aqueles que não temem o existir...

Que não temem a liberdade...
Ainda que seja a liberdade de errar a fim de conhecer a verdade como dor, para depois conhecê-la como paz.

E esse é o preço que os mentirosos não querem pagar.

Gente presa ao medo de existir jamais conhecerá e se habituará à verdade, visto que a verdade acontece como risco, como vertigem da liberdade e como conseqüência da pessoa se haver entregue à vida, à existência, sem medo de ser e muito menos de se assustar com a própria face desmascarada pela luz do que é.

Feliz é todo aquele que conhecer e praticar a Verdade.

Vanessa