sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Perdão...



Perdão por ter chegado quando não podia e ter saído quando não queria.
Perdão por silenciar quando deveria falar, e por não calar quando o silêncio deveria ser meu guia...
Perdão por não pedir quando podia ganhar, e por implorar quando tinha que aquietar...
Perdão por dançar quando havia luto, e por chorar quando a alegria era o convite do dia...
Perdão por mascarar quando a alma deveria estar “lavada”, e por me lavar frente ao que deveria eu me deixar contaminar...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Como compreender a eternidade?


Estamos, de fato, preparados para compreendermos a eternidade?

C. S.Lewis, em uma de suas meditações encontradas no livro " Um ano com C.S. Lewis" intitulada O Céu voltará para trás nos dá uma dica de como poderemos ter uma ideia dela se entendermos que tanto o bem quanto o mal, quando plenamente desenvolvidos, se tornam retrospectivos.(C.S.Lewis). Isso significa que, para os justos, os abençoados, os que crêem, o Céu, uma vez alcançado, terá efeito retroativo sobre cada evento histórico de nossa existência... inclusive sobre os sofrimentos, "tornando em glória até mesmo essa agonia." (C.S.Lewis)

Da mesma forma, a condenação também terá efeito retroativo sobre o passado, contaminando todo o prazer trazido pelo pecado..."

Assim, nosso passado, nosso presente, nosso futuro, em Deus, sendo um só tempo, se fundem, permitindo que nossos pecados perdoados e sofrimentos lembrados passem a assumir o gostinho do Céu... E para o homem mau (o ímpio, o que não creu, o que não se entregou), "seu passado apenas se conforma à sua maldade e se enche de miséria".. (C.S.Lewis)

Assim, o céu e o inferno serão vistos, também lá, com os olhos com os quais a vida foi vista daqui...

As calamidades, os sofrimentos, as agonias,os desprazeres podem ser pedacinhos do Céu , assim como o gozo, a satisfação, o prazer podem ser parte do seu Inferno...

O convite da Graça de nosso Deus em Jesus Cristo é um convite singular: a consciência da nossa relação com o próprio tempo, permitindo-nos vislumbrar toda a nossa existência ou como um Céu ou como um Inferno... A diferença estará na perspectiva de quem os vê.

É por isso que no fim de tudo, quando o sol nascer aqui e o crepúsculo lá embaixo se transformar em trevas, os Abençoados dirão: Jamais vivemos em outro lugar que não fosse o Céu. E os Perdidos dirão: Sempre estivemos no Inferno. E ambos estarão dizendo a Verdade” (- de The Great Divorce (O grande abismo, de C.S. Lewis)