Agradeço a presença de todos, pelas orações compartilhadas, pelas dores e alegrias divididas...
Muita saúde, muita paz, muita prosperidade...
Sonhos realizados, novos amigos conquistados....
Boas Festas e um Feliz Ano Novo!
Com todo amor,
Vanessa
Este blog tem como objetivo apresentar temas, discussões, depoimentos, reportagens e reflexões que nos façam pensar sobre a vida e a nossa responsabilidade frente a ela.
Boas Festas e um Feliz Ano Novo!
Com todo amor,
Vanessa
"Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu; não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros, e contudo, o vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?Qual de vós poderá, com as suas preocupações, acrescentar uma única hora ao curso da sua vida? Quanto ao vestuário, por que andais ansiosos? Observai como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem fiam. Eu, porém, vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.Se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vestirá muito mais a vós, homens de pequena fé?Portanto, não andeis ansiosos, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? ou: Com que nos vestiremos? Pois os gentios procuram todas estas coisas. De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas elas. Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não andeis ansiosos pelo dia de amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo. Basta a cada dia o seu próprio mal".
Um enorme desafio para a civilização do excesso, da superfluidade, da superficialidade, do refugo e de sua remoção... para os habitantes das sociedades contemporâneas, onde nada se destina a permanecer... onde "os objetos úteis e indispensáveis de hoje são, com pouquíssimas exceções, o refugo de amanhã" (Zygmund Bauman)...
Civilizações que se divinizaram e humanizaram o Divino...
Que trocam o significado do ser pelo ter...
Sociedades do consumo e da produção de refugos...
Sociedades com "um modo de vida que está moribundo - a cultura do individualismo competitivo, o qual, em sua decadência, levou a lógica do individualismo ao extremo de uma guerra de tudo contra tudo, à busca da felicidade em um beco sem saída de uma preocupação narcisita com o eu" (Christopher Lasch)
Que o grito de Luigi Zoja nos alcance: "Eu sou quase nada: como posso querer tudo"?
Assim como Paulo, posso dizer :"Senhor, a tua graça me basta"...
Vanessa
Foi ela que, nos primórdios da modernidade, provocou o maior genocídio da história humana, segundo o historiador Oswald Splengler em seu O declínio do Ocidente. Onde na América Latina havia 23 indígenas, diz-nos o antropólogo Darcy Ribeiro, após um século, restou apenas um. Depois dominou as populações restantes, explorou todos os recursos naturais possíveis que serviram de base para a industrialização e seu enriquecimento que são suas injustas vantagem até os dias de hoje. Atrás de seus feitos comerciais e técnicos há rios de sangue, de suor e de lágrimas. É uma cultura montada sobre o poder-dominação.
Agora, passando por cima de vários artigos da Declaração dos Direitos Humanos de 1948 (quando foi que a respeitaram?) maltratam imigrantes, consideram-nos criminosos a serem encarcerados, mesmo menores, sem precisar de mandato judicial, apenas mediante um procedimento administrativo. Prevêem-se campos de concentração para eles. Esses imigrantes escondem tragédias em suas vidas. Estão lá porque querem sobreviver e ajudar a suas famílias que deixaram em seus países.
Vejam a contradição: no século XIX os sobrantes do processo de industrialização europeu, aqueles que poderiam desestabilizar o capitalismo selvagem nascente, previsto por Marx, foram destinados à exportação. Não veio qualquer tipo de gente. Tinham primazia os empobrecidos e os doentes, como meus avós italianos. Todos de sua leva eram acometidos de tracoma, na época de difícil cura. Eu mesmo quando criança passei por esta doença bem como todos de nossa região no interior de Santa Catarina, onde se situa hoje a Sadia e a Perdigão, conhecidas por seus bons produtos.
No Brasil foram acolhidos com generosidade. Ganharam terras, ajudaram a construir esta nação e agora, com a riqueza natural com que Deus nos galardoou, podemos ser a mesa posta para as fomes do mundo inteiro. As políticas da Comunidade européia de hoje, não mostram nenhuma reciprocidade. Com ações articuladas, se revelam cruéis e sem piedade. Relata-nos o príncipe de nossos jornalistas, Mauro Santayana, no JB de 22/06, que nos anos 80 economistas e sociólogos norte-americanos e europeus sob o patrocínio de banqueiros concluíram que era necessário afastar do consumo 4/5 da humanidade, a fim de garantir a gestão do planeta e manter os privilégios dos 20% de ricos. Os demais deveriam ser marginalizados até a sua extinção.
Parece que o genocídio está inscrito no código genético deste tipo de gente que está por detrás de quase todas as guerras dos últimos séculos. A eles que gostam de cultura como pura ilustração lhes recordo o que Immanuel Kant(+1804) diz em sua A paz perpétua (1795). A primeira virtude de uma república mundial é a “hospitalidade geral”, como direito e dever de todos. Todos estão sobre o planeta Terra, diz ele, e têm o direito de visitar suas regiões e seus povos, pois a Terra pertence comunitariamente a todos.
Só espíritos anti-cultura ocidental como Francisco de Assis, João XXIII. Luther King e Madre Tereza podem oferecer um paradigma que resgate e salve estes Governos da maldição da vida e da ira divina que pairam sobre ele.
Às onze e meia do dia 3 de junho de 1971 você nasceu, de parto normal, como orgulhosamente seus pais contam. Um menino forte, que teve uma mãe-preta, mãe de leite, como os antigos diziam.
Seu pai, um militar carioca recém-chegado ao quartel de Uberaba. Sua mãe, recém-formada no magistério, embora nunca viesse a exercer a profissão. Destinos cruzados que me trouxem você.
Nascido em Uberaba, passou lá a primeira infância, junto a seu único irmão. Você com quase cinco, ele com quase três.
Sei que tiveram uma infância feliz, pais amorosos e dedicados, que nunca mediram esforços para cobri-lo de mimos, mas também de uma boa educação.
Quando se mudou para Uberlândia, foi morar num bairro periférico.. a rua era íngreme, a vizinhança nada agradável e você, um menino levado, cujas cicatrizes são o registro da sua molecagem.
Já roubou muito caju na casa da vovó Maria, sem saber que esta seria, anos depois, a avó da sua esposa, bisavó dos seus filhos.... Será que estava escrito? Eu não sei, o que sei é que quando nos conhecemos acreditei que nos casaríamos, pois sem saber, eu sabia que assim era, e era antes de ser...
Vi você pela primeira vez no Colégio Bom Jesus, em 1987, numa das reuniões da igreja. Foi numa manhã de domingo. Você estava de camiseta roxa e calça jeans. Não fomos apresentados, mas nossos olhares se cruzaram e, definitivamente, achei você muito feio.
Com o passar do tempo, passei a vê-lo com olhar diferente... Jesus certa vez disse que a luz do corpo está no olhar. Quando os nossos olhos olharem com os olhos do bem, o que veremos será bom, e, assim, todo o nosso ser será luminoso.
Assim, com o passar do tempo, “enxerguei” você com os olhos do coração, olhos da alma... Não demorou muito pra começarmos o namoro.
Foi numa quarta-feira do dia 7 de abril de 1988 que tivemos o primeiro encontro, o primeiro aperto de mão, o primeiro beijo.
Meu primeiro aniversário com você como namorados foi de 15 anos. Mesmo contra minha vontade, mamãe insistiu numa festinha. Você se atrasou muito, me deixou ansiosa e ainda me presenteou com um quadro horrível de dois gatinhos enfeitados com pano de fundo com corações vermelhos.... É claro que na época achei lindo, embora tenha confessado pra mamãe tempos depois que nunca vi tanto mal gosto.
Essa foi a primeira festividade juntos: aniversário de namoro, natais, dia dos namorados e, raras vezes, você acertou nos presentes!
Lembro-me do meu primeiro almoço na casa dos seus pais. Sua mãe querendo sempre agradar, insistia na frase: “olha, não precisa ter vergonha, pode comer mais”... e isso te irritava bastante.
Com essas e outras atitudes, fui conhecendo você aos poucos.. Confesso ainda não conhecê-lo totalmente, pois sempre estou me surpreendendo com alguma palavra, algum gesto, um olhar atravessado, um sorriso disfarçado. Às vezes decepciono-me, por vezes novamente me apaixono.
Tivemos um namoro prolongado... sete anos! E nesse tempo, nos guardamos um pro outro. Você foi não só um namorado, mas um grande amigo. Enfrentou comigo meus piores dias, dentre eles, a separação dos meus pais. Você nunca mediu esforços, nunca reclamou, nunca hesitou em me levar de moto, no frio, no escuro, na solidão, para que eu pudesse dormiu na chácara com o papai, que na época já estava muito doente.
Nosso namoro também foi repleto de respeito, não só com relação à fidelidade, mas à individualidade de cada um. Nunca houve possessividade, nem de minha parte, nem da sua. Você continuou a cultivar e a fazer amigos: Túlio, Eslon, Josias, Tiléo e outros que viriam a surgir... Continuou a fazer suas viagens, seus passeios de bike...
Noivamos em novembro de 1994: apenas colocamos uma aliança sentados no sofá marrom da casa dos meus pais, que já não era mais deles... afinal, já estavam separados! Foi nessa época que você não quis mais estudar. Deixou o curso de Geografia faltando um ano para concluir. Uma grande decepção para seus pais.
No inverno de 1995, 7 de julho, finalmente nos casamos. Um momento lindo. E foi depois desse momento que continuei a conhecer você.... agora na intimidade, sem o disfarce, sem as máscaras e as maquiagens que às vezes, comodamente, o namoro proporciona. Você não tinha emprego fixo, trabalhava
Em sete anos, sete casas diferentes... Enfrentamos, juntos, momentos difíceis, mas divinamente superados... E isso talvez seja o que nos diferencia de muitos casais, pois nos amamos, e quem se ama, tem todas as chances, mesmo quando falha ou decepciona um ao outro. Mas quem não se ama, pode apenas conseguir resistência para agüentar aquilo que detesta.
Apesar dos nossos treze anos casados, vinte anos juntos, tivemos nosso primeiro filho em meio a muito desejo (mais da minha parte do que da sua), e muito choro (somente de minha parte, é claro). Mas me lembro bem, era abril, mês quente, acordei disposta a procurar um médico especialista
Quando olho o Neemias lembro-me de você irritado, com um frasquinho de sêmem na mão, pessimista com a idéia de dali sair um “filho”. Mas poderosamente ele veio. “Neemias, Consolo de Deus. Consolo para nossas vidas, estraçalhadas pelas circunstâncias adversas que outrora vivenciamos.... e que trouxe cheiro bom e alegria às nossas vidas.
Calebe, Amigo Fiel, nosso segundo filho. Um grande susto, uma inexplicável gratidão.
Nossos filhos, herança do Senhor. Duas vidas, duas pessoinhas, nossa continuidade!
Agradeço a Deus todos os dias por nossas vidas...
Que se uniram...
Se abalaram...
Se firmaram...
Agradeço por quem você é, com todos as virtudes e os defeitos... paciente, amigo, de poucos elogios, mas de grande coração. Uma das qualidades que mais admiro em você, por incrível que pareça, é seu bom humor. Você é alegre, é feliz, esnoba tranqüilidade, maturidade, apesar de nem todos te perceberem assim. Mas eu o conheço...
O que desejo a nós nos 13 anos de casados?
Muito beijo na boca...
Muitas tardes sem futebol...
Muitas noites dormindo antes das onze...
Muitas datas comemorativas sem se esquecer dos presentes...
Muitas noites se levantando pra cobrir os meninos, me deixando dormir preguiçosamente por mais alguns segundos...
Muitas viagens juntos, de preferência sem os meninos...
Muito pãozinho quente com cafezinho fresco...
Muito Som do Céu...
Muito passeio com os amigos...
Muitas noites dormidas em barraca...
Muito cinema...
Muito banho quente implorando por uma toalha limpinha...
Muitas noites abraçadinhos debaixo de um edredom quentinho...
Muita alegria e conversa fiada com os amigos, meus e teus...
Muitos anos de vida...
Muitas felicidades...
Muito prazer ao meu lado.
Que Deus nos dê ainda muita sabedoria para mantermos o que temos e que saibamos evitar tudo aquilo que venha a destruir nosso vínculo.
Te amo demais.
Samaria nos dias atuais
Os oito primeiros capítulos do livro de Atos têm em Pedro e João as personagens centrais na anunciação das Boas Novas.
Uma mistura de sinais e prodígios, milagres, choro e perseguição, alegria e contentamente faziam parte do dia-a-dia dos apóstolos e aonde quer que fossem ou estivessem, agiam de modo desinstalado, indo e pregando, assim como ensinando e batizando aos que cressem...
Em meio a oração pelos doentes, libertação dos oprimidos, descida do Espírito Santo
acompanhada de sinais sensoriais como o falar em outras línguas, um certo homem chamado Simão estava ali...
Era um homem respeitado...
Uma grande figura, mágico por profissão...
Era conhecido como o Grande Poder...
Segundo o livro dos Atos dos Apóstolos, escrito por Lucas, o historiador de Paulo e grande amigo dele, este homem ouviu, viu, creu, foi batizado e passou a seguir Pedro, João e Filipe bem de perto.
Assim... Simão, vendo a beleza e a sinceridade de tudo, percebeu que o que via, além de fazer "bem à alma e ao espírito", também poderia se transformar num grande negócio...
E a ganância de Simão venceu sua breve alegria...
E Simão oferece dinheiro a Pedro para que ele também recebesse o poder de conceder aos homens o Espírito de Deus pela imposição de mãos, assim como faziam os apóstolos...
Simão, um mágico, sabia distinguir o verdadeiro e o falso no mundo sobrenatural...
Simão, grande mestre da ilusão, viu no poder do Espírito Santo uma grande chance de renovar seu repertório profissional: " Concede-me também a mim este poder - pede ele a Pedro, oferecendo-lhe dinheiro como pagamento pela compra da bênção"...
E o dinheiro vira moeda de troca para comprar o que lhe fora concedido gratuitamente...
Mas Pedro repreende a Simão e não permite se vender à barganha proposta...
Pedro enxerga angústia de morte na alma de Simão: "sua alma é fel de amargura e laço de iniqüidade"...
Simão foi batizado, amava o sobrenatural, mas era viciado na ilusão e na manipulação...
Um fenômeno que ainda se repete nos dias atuais...
Manipulação do sobrenatural...
Dinheiro em troca da bênção...
Ganância pelo poder usando o nome de Deus...
Arrepende-te... é o clamor de Pedro a Simão!
Que Deus salve Pedro de Simão...
Que Deus tenha misericórdia do Pedro que atendeu à barganha de Simão...
Que Deus livre Pedro de virar Simão...
Que Deus libere perdão ao Pedro que virou Simão...
Que Deus nos livre de virar Simão...
Nele, que ama tanto a Pedro quanto a Simão, mas que tem em Pedro o protótipo Daquele que não deseja que viremos Simão...
Vanessa
A beleza do livro de Atos está no fato de que os episódios narrados por Lucas de tudo o que viu e ouviu acerca do ministério dos apóstolos são fruto das origens da Igreja Primitiva...
Por isso, ler Atos significa rememorar o surgimento, a origem, a essência dos atos dos “primeiros cristinhos”, assim como eram chamados, num sentido pejorativo, os que seguiam os ensinamentos de Cristo...
Em Atos 5: 1-11 há uma narrativa muito interessante sobre um casal que fazia parte desta igreja em Jerusalém mas que, em dado momento, agiram contrariamente ao que Cristo havia ensinado...
Uma das características da Igreja Primitiva era que ninguém que fizesse parte dela passava necessidades, pois como relata o livro bíblico, “nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade” At 4:36-37)
Ananias e Safira haviam vendido um campo, e desejavam faturar duplamente: com a venda em si; e com a imagem da venda, significando 100% de generosidade aos sentidos dos outros, porém, num caixa dois tentavam esconder tal coisa do Espírito Santo. Assim, retiveram o que desejaram [uma parte]; e, do restante, fizeram uma oferta aos pés dos apóstolos, dizendo:
“Vendemos um campo, e aqui está a totalidade”.
Ananias foi o ofertante oficial. Safira vem apenas três horas depois, e sem saber que seu marido caíra morto quando sua mentira fora revelada pelo Espírito Santo a Pedro, sendo indagada, contou a mesma lorota de crente ateu. Então, informada do que acontecera ao marido antes de sua chegada, caiu morta também.
Ananias e Safira tiveram a Graça de morrer em razão da mentira. Eram amados. Não eram bastardos. Caíram diante da verdade.
À mera semelhança de Ananias e Safira está a figueira que, de modo anômalo, tentava dar aparência de fruto três meses antes da estação própria. Todas as demais figueiras de Israel estavam peladas de folhas. Isto porque a figueira é uma árvore que primeiro apresenta os frutos, e só depois a folhagem. A oferta de folhagem era a promessa da certeza de haver fruto.
Mas não havia, era só camuflagem! Foi também por essa razão que nenhuma figueira nua de folhas foi amaldiçoada no monte das Oliveiras; mas tão somente aquela representante vegetal do espírito da religião.
As folhagens da figueira expressavam a realidade espiritual de Israel: cheio de religião; cultuando mais o Templo que no Templo; amando mais a Lei que o Criador; crendo mais nas mecânicas rituais do que na Graça de Deus.
Assim, Ananias, Safira e a figueira foram consumidos diante da Verdade”.
A Verdade de que não podemos nos esconder daquilo que somos...
Ananias e Safira tentando se passar por generosos...
A figueira camuflando uma estação que não era a sua...
E assim estamos diante de Deus...
Nus...
Sem camuflagem...
E Deus ama a todo aquele que não teme ser verdadeiro para com Ele.